CINEMA DE RUA

DE PERNAMBUCO

OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO PELA ÓTICA DO CINEMA EM RECIFE - CULTURA É RESISTÊNCIA!

CINEMA DE RUA

e sua importância

Beatriz Severo

O documentário “Retratos Fantasmas” (2023), de Kleber Mendonça Filho, é uma construção afetiva da história da cidade do Recife e da sua relação com a sétima arte, o Cinema. Traduzido também por meio de linguagens fotográficas e dividido em três partes principais, a narrativa expõe a situação do centro do Recife, contando, através dos cinemas de rua, parte da história da cidade.

Os Cinemas de rua são salas de cinema localizadas em edifícios tradicionais, geralmente situados em áreas urbanas centrais e, são conhecidos por sua variedade de programação que inclui desde grandes lançamentos até filmes independentes, clássicos do cinema e produções locais. É também um instrumento de acesso à cultura, permitindo que uma quantidade maior de pessoas possam assistir a uma sessão a um valor de um ingresso mais acessível que os dos complexos multiplex.

Os Cinemas de rua são salas de cinema localizadas em edifícios tradicionais, geralmente situados em áreas urbanas centrais e, são conhecidos por sua variedade de programação que inclui desde grandes lançamentos até filmes independentes, clássicos do cinema e produções locais. É também um instrumento de acesso à cultura, permitindo que uma quantidade maior de pessoas possam assistir a uma sessão a um valor de um ingresso mais acessível que os dos complexos multiplex.

No Brasil, foi entre as décadas de 1900 e 1930 que os cinemas de rua começaram a ser inaugurados nas cidades, como a primeira sala de cinema de Belo Horizonte no Teatro Paris, de 1906, e o Cine Art Palácio em São Paulo, de 1936. Esses espaços eram localizados nos centros, e eram conhecidos por estarem em terrenos valorizados. No interior, esses espaços tiveram seu auge durante as décadas de 1930 e 1960.

Vale ressaltar que esses cinemas movimentaram as ruas das cidades, sendo uma das principais atividades de lazer da época. Normalmente, eles ficavam próximos uns dos outros, gerando ao redor uma grande concentração de outros serviços relacionados a esta atividade, como cafés, bares, produtoras, entre outros. Sem contar os trabalhadores envolvidos na manutenção, segurança, entre outros empregos gerados em razão da atividade. Em São Paulo, por exemplo, os cinemas caracterizavam por certo período avenidas centrais como São João e Ipiranga, ao mesmo tempo que, respondendo à crise econômica e à desigualdade social, definiu também regiões como a Boca do Lixo.

No entanto, na década de 1970, com a expansão do consumo, a chegada da televisão, do VHS e com o crescimento das metrópoles e especulação imobiliária, muitas salas foram fechando. Esse processo não apenas dificultou o acesso das comunidades a este lazer, como também contribuiu para a perda da identidade urbana, substituindo espaços de convívio por espaços privatizados. Esse fenômeno social ocorreu com mais força na década de 1990, com o crescimento dos shoppings centers. A partir daí, surgiu uma nova forma de consumir o audiovisual, incitando inclusive, a queda da produção cinematográfica nacional e uma maior propagação por filmes estrangeiros ou aqueles que tenham a chance de apresentar alta bilheteria.

Nas décadas seguintes, de uma forma geral, houve uma recuperação do mercado exibidor, com salas localizadas em shoppings, locais de maior renda. Mesmo nesse cenário diferente, o cinema de rua resistiu às mudanças comportamentais.

O cinema de rua resistiu pois mostrou que a cultura é muito mais que entretenimento. Esses espaços são ambientes autênticos e muitas vezes históricos, instrumentos de acesso à cultura porque colaboram com a democratização da comunicação com preços mais acessíveis e filmes que fogem da lógica da exibição comercial.

O tradicional Cinema São Luiz, no Recife, está fechado há mais de um ano para reforma no sistema de esgoto e no teto da construção. O fechamento é retratado em “Retratos Fantasmas”, de acordo com o próprio Kleber Mendonça Filho. A reabertura do cinema está prevista para 2024. Enquanto isso, esperamos.

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens/Arquivo

Recife já foi uma “Hollywood brasileira” na década de 1920, período que ficou conhecido como “Ciclo do Recife”. O próprio “Retratos Fantasmas”, a partir das salas de cinema, fala sobre a relação das pessoas com as mudanças urbanas que aconteceram no Recife. Os cinemas de rua dão espaço para a produção local e para experimentações no campo audiovisual, abrindo portas para além das histórias hollywoodianas.

É necessário refletir, dada a importância do cinema de rua, sobre como construir e incorporar esse tipo de cinema ao tecido urbano e à vida da cidade atual. A lógica do cinema de rua não envolve a lógica comercial, na realidade, cumpre um papel em termos ambientais, econômicos e culturais. A característica mais particular é a de possibilitar o conhecimento e trazer sessões que dialoguem com o público de modo acessível e democrático.

A VALORIZAÇÃO DOS CINEMAS DE RUA

como equipamentos culturais
que preservam a história

Thiago Freire

No cenário cultural brasileiro, os cinemas de rua são testemunhas históricas de uma época em que as telas marcavam a conexão com mundos desconhecidos e as salas ecoavam com risos, lágrimas e aplausos do público, fazendo da ida ao cinema um momento único, uma experiência que desconhecemos hoje devido à grande acessibilidade que as tecnologias digitais permitem. Devido a isso, enquanto olhamos a memória cinematográfica do Brasil e de Pernambuco, não podemos ignorar o silêncio e o descaso que envolvem esses espaços que em outros momentos já foram tão valorizados.

Na primeira metade do século XX, Recife assumia um lugar de destaque no cenário cultural e cinematográfico do país, período que ficou conhecido como o Ciclo do Recife. Na década de 1920, as produções cinematográficas pernambucanas, como as da Aurora-Film, como "Aitaré da Praia", "A Filha do Advogado" e "Jurando Vingar", ganharam destaque por todo o país, colocando a cidade no mapa como um dos principais polos cinematográficos do Brasil.

Foi nesse contexto que os primeiros cinemas de bairro surgiram em Recife. O Cinema do Pina, o Glória, o Moderno - este último inicialmente construído como teatro e transformado em cinema em 1931 - e tantos outros se tornaram não apenas locais de entretenimento, mas também espaços de encontro e intercâmbio cultural. Essas salas eram locais de exibição de filmes e também de celebração da diversidade cultural de Pernambuco e do Brasil, conectando as comunidades através das narrativas projetadas nas telas.

A capital pernambucana foi o berço de aproximadamente 55 cinemas de rua, cada um com sua própria história para contar. Mas, a partir do final do século XX, à medida que os shoppings se multiplicavam, os cinemas de rua começaram a perder terreno. A migração para os complexos de cinema dentro dos shoppings, com a promessa de conforto e segurança, marcou o início de um declínio gradual, porém implacável, para muitos desses equipamentos culturais.

A especulação imobiliária também desempenhou um papel decisivo nesse cenário de mudança. Os cinemas, muitos deles localizados em áreas privilegiadas e de grande porte, tornaram-se alvos para empreendimentos comerciais, deixando para trás o legado de décadas de história.

Mais recentemente, com o surgimento dos serviços de streaming, a reconfiguração da forma de se consumir conteúdos audiovisuais impactou mais uma vez a cultura cinematográfica, atingindo inclusive as grandes companhias de exibição. À medida que as telas migraram dos cinemas para as salas de estar, o ritual de ir ao cinema tornou-se mais raro. Segundo uma pesquisa da consultoria Comscore, em parceria com a empresa americana Siprocal, uma pessoa no Brasil mantinha em média a assinatura de oito serviços de streaming em 2023.

Nesse cenário, os cinemas de rua se tornam ainda mais isolados, ficando cada vez mais restritos a públicos específicos, como cinéfilos e pessoas com com maior acesso à formação cultural, o que é uma perda para a população geral, ao mesmo tempo em que dificulta a manutenção dessas dessas ferramentas.
POR QUÊ?

É necessário que reconheçamos a importância dos cinemas de rua não apenas como lugares que contam sobre a história do Cinema e da própria cidade, mas como locais de esperança para o futuro. É essencial valorizar esses equipamentos culturais e incentivar que todas as camadas da sociedade se envolvam nessa causa, que ocupem esses espaços.

COMO?

Para que isso ocorra, além da participação popular, também é preciso que haja recursos públicos para preservar e financiar essas ferramentas culturais. Desde incentivos fiscais até políticas de revitalização urbana, é fundamental que todos os níveis de governo se unam para garantir que os cinemas de rua não se apaguem por completo.

AFETIVIDADE

no cinema e na cidade

Leandro Lopes

Caminhar pelo centro da cidade está se tornando cada vez mais desafiador; a insegurança contribui para o afastamento da população e a falta de políticas públicas amplia a carência de qualidade no espaço. Em fevereiro de 2024, um turista que chegou à capital pernambucana para curtir o carnaval do estado foi ferido com uma facada durante um assalto, no bairro da Boa Vista, Zona Central do Recife (matéria veiculada pelo Jornal do Commercio), evidenciando uma grande ruptura que a cidade enfrenta.

mas, qual é a relação entre a insegurança e a afetividade com a cidade, e como isso se relaciona com o cinema?

Quando se trata do medo da população circular pelo centro da cidade, devido à violência e à criminalidade, todo o espaço sofre. A falta de cidadãos comprando ou, simplesmente, não transitando pelas ruas Imperial, Nova, das Calçadas e Avenida Guararapes, revela uma realidade cruel que afeta não só os cinemas, mas toda a economia da região.

Imagem retirada do vídeo do Guto Canal Solar/YouTube

Falar sobre afetividade sem poder pertencer seguramente à cidade é um desafio, pois como criar laços se as pessoas não frequentam os espaços, sejam culturais ou de necessidades comuns, como supermercados e padarias? O medo e a carência de políticas públicas contribuem para o apagamento sistemático de lugares como, por exemplo, o Cinema São Luiz, que está fechado há quase dois anos.

O cineasta Daniel Bandeira recorda com um olhar de alegria, mas também com um sentimento de preocupação, as noites boêmias que ele costumava ter quando se sentia parte integrante e conseguia construir afetividade nos cinemas. "Desde a minha infância, meus pais costumavam me levar para o centro do Recife, onde assistia a muitos filmes com eles no Ritz e no Astor, que ficavam perto do 13 de maio. Todo filme dos Trapalhões passava por lá. Você atravessava a rua e tinha o Parque 13 de Maio, andava mais um pouco e tinha a Livro 7, e um pouquinho mais e chegava ao São Luiz", relembra Bandeira.

Mesmo sorridente, Bandeira destaca:

Quando ele expressa esse pensamento, transmite um raciocínio sobre a falta de pertencimento e, consequentemente, sobre a perda da afetividade dos espaços, o que torna a cidade algo distante e estranho.

Diante deste desafio, os cinemas de rua estão deixando de fazer parte do imaginário de uma parcela da população devido à falta de atenção governamental. Lutar pela sétima arte de rua não é apenas importante, é essencial para a construção e desenvolvimento das futuras gerações. A ausência de um Cinema São Luiz, Trianon ou Art Palácio em funcionamento cria uma lacuna significativa na afetividade da comunidade.

Nesse sentido, a importância de melhorar a cidade para que a afetividade pelos cinemas retorne é primordial. Daniel Bandeira destaca: "Uma coisa é você ter uma sala tecnicamente ajustável, confortável, e outra é você desenvolver nas pessoas o hábito de ir ao cinema." Até o fechamento mais recente do São Luiz, ele era considerado o ponto alto do centro do Recife, mas essa importância deve ser mantida.

a lição aprendida é clara:

Se não cuidarmos do ambiente ao redor, se permitirmos que ele se deteriore, a joia perderá seu brilho. O Cinema São Luiz tem potencial para ser mais do que uma simples sala de exibição de filmes; ele pode ser o epicentro de uma série de atividades. Ao redor dele, podem surgir polos gastronômicos, melhorias no transporte público e medidas de segurança - tudo isso pode ser pensado a partir desse ponto.

PANORAMA DO CINEMA NO PAÍS

Letícia Barbosa

Apenas 9% dos municípios brasileiros possuem salas de exibição de filmes. Os dados são do Sistema do Sistema de Informação e Indicadores Culturais (SIIC) , do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, para os anos de 2011 a 2022. O levantamento estima ainda que 42% da população brasileira vive sem esse equipamento cultural. De acordo com Leonardo Athias, pesquisador responsável pelo estudo, o cinema foi o que mais mostrou desigualdade territorial em relação a outros meios como, museus e teatros, concentrando-se na região Sul e Sudeste.

Ainda sobre os critérios geográficos de acesso ao cinema, o SIIC revela que em todas as regiões o equipamento também lidera os índices quando o assunto é a dificuldade para chegar ao local, demandando mais de uma hora. A região Nordeste conta com 45% das pessoas que precisam em média desse tempo ou mais para se deslocar até a sala, ficando atrás apenas da região Norte. Além da questão territorial, raça e escolaridade também são fatores relevantes no acesso ao cinema no Brasil.

No que diz respeito a Pernambuco, 52% da população tem cinema em sua cidade. Deste total, 50,9% são pessoas pardas e pretas e 54,3% são brancas. Quanto à escolaridade, 43,9% não concluiu o ensino fundamental, 53 % não terminou o ensino médio e 70,2% são de pessoas com ensino superior.

O SIIC não diferencia os chamados “cinemas de rua” e as salas localizadas no interior de shoppings e galerias. Entretanto, há um movimento de algumas décadas para cá de transformação dos cinemas de rua em outros empreendimentos ou mesmo no abandono dos equipamentos. Neste cenário, não é difícil concluir que se os dados não são tão animadores para o setor no país, certamente, são ainda mais preocupantes em relação aos espaços localizados fora dos centros de compras.

E OS CINEMAS DE PERNAMBUCO?

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Assumindo a missão de identificar os equipamentos culturais desse tipo no país, o Coletivo Cine Rua PE , elaborou um mapa afetivo participativo - isto é, com a colaboração de quem topasse enviar suas memórias desses espaços - com os Cinemas de Rua ativos, fechados temporariamente e desativados. De acordo com o documento, Pernambuco conta com 3 em funcionamento, 2 com utilização interrompida e 10 que já passaram pelas cidades, mas deixaram de existir.

A metodologia de mapeamento participativo exige que as pessoas indiquem as salas, por isso, algumas ficaram de fora. Na verdade, estima-se que Pernambuco já teve em torno de mais de 100 salas de cinema de rua. Abertos permanecem o Cine-teatro do Parque e o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, o Theatro Cinema Guarany, em Triunfo, e o Cine-teatro São José, em Afogados da Ingazeira. Em funcionamento, porém, fechados estão o Cinema São Luiz, na capital pernambucana, e o Cinema Rio Branco, em Arcoverde.

abertos

fechados temporariamente

uma pandemia no meio do caminho:

Entre os obstáculos de manter salas de cinema no geral em funcionamento, está a atratividade desses locais. Fatores diversos, como a popularização dos serviços de streaming, contribuem para a redução de espectadores que optam por se deslocar para vivenciar a experiência de assistir a filmes coletivamente. Para os cinemas de rua, há ainda o desafio da tendência ao emparedamento das atividades e a gentrificação dos espaços públicos.

Neste contexto, a pandemia de COVID 19, que acometeu o mundo em 2020, intensificou o afastamento das pessoas dos cinemas. De acordo com o Painel Indicadores do Mercado de Exibição, organizado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine), em 2023, o público que assistiu filmes em salas de cinema foi 34% menor do que em 2019. Porém, o panorama também verificou aumento de 19, 4% de 2022 para o ano passado. Dessa forma, é possível constatar que o setor vem melhorando desde as infecções pelo coronavírus, mas a passos lentos.

Durante a pandemia, o setor cultural e de eventos foi um dos primeiros a ser paralisado e, com a flexibilização, o último a voltar a funcionar normalmente. Somado a isso, a mudança de hábitos incentivada pelo isolamento social impactou o comportamento da sociedade no período de reabertura dos serviços. As pessoas investiram em seus lares, onde passavam mais tempo e usufruíram de alternativas de lazer que não exigiam grandes deslocamentos, altos custos e, principalmente, experiências coletivas vivenciadas presencialmente. Neste caso, ao “ir ao cinema” sofreu os efeitos dessas transformações.

Além disso, a produção cinematográfica demanda um processo mais longo, isto é, com o processo de flexibilização, gravações e outras etapas foram sendo retomadas. Daí até termos produtos audiovisuais prontos, várias fases se sucedem. Assim, um fluxo menor de filmes para o cinema são colocados em exibição.

Mas como os cinemas de rua são afetados por isso?

Com menos público frequentando esse tipo de equipamento, há menos interesse e pressão social pela manutenção desses espaços. Nesse sentido, os equipamentos que já vêm sendo ameaçados pelos interesses neoliberais de tornar tudo financeiramente lucrativo, vão aos poucos perdendo seu motivo de existência, isto é, atender aos seus frequentadores.

COMO IMPEDIR O SUMIÇO DESTA FERRAMENTA?

Ingrid Coutinho

A expansão dos cinemas de rua no estado de Pernambuco marcou o século XX, de forma em que diversas cidades da Região Metropolitana do Recife e das zonas interioranas do estado receberam edifícios que ocuparam salas de cinema durante anos. A história dos edifícios que ocuparam monumentos como o Cinema São Luiz, na Rua da Aurora, e o Art-Palácio, na Rua Matias de Albuquerque, se repetiu em cidades como Camaragibe, São Lourenço da Mata e Palmares, pintando o cenário cultural do estado através da expansão da sétima arte.

No entanto, no início do século XXI, o cenário dos cinemas de rua pernambucanos mudou bruscamente, de forma em que a maior concentração de salas de cinema passou para a hegemonia dos shoppings centers. Com este cenário, coletivos, instituições e militantes do ramo cultural buscam superar o desinteresse por essas ferramentas, através de alternativas que possam revitalizá-las, de forma a dar continuidade ao legado destes espaços.

De acordo com Bárbara, integrante do Coletivo Cine Rua PE, os cinemas de rua nasceram através do interesse da iniciativa privada.

-Destaca Bárbara.

Revitalizar estes espaços vem com uma necessidade de construir um cenário favorável para que a população se sinta acolhida e confortável para estar frequentando. É fundamental que o espaço do cinema seja de livre acesso e para isso é preciso que as pessoas o conheçam, utilizando de ferramentas que possam lhe trazer visibilidade.

Os cinemas também são responsáveis por povoar os arredores onde está inserido, proporcionando iluminação, segurança e movimentando o comércio local. Cartazes, letreiros, iluminação e marquises, são elementos fundamentais que proporcionam e estimulam a presença da população nestas localidades. Além disso, manter preços acessíveis garante que o cinema seja acessível à população geral. Oferecer descontos para estudantes, idosos e famílias, juntamente com promoções regulares, ajuda a atrair um público mais amplo e a incentivar visitas frequentes, fortalecendo o vínculo entre o cinema e seu público.

Além de filmes, os cinemas de rua podem enriquecer sua oferta cultural com uma variedade de eventos, como exibições de arte, performances ao vivo e palestras, revitalizando sua programação através de eventos que motivam diferentes públicos.

Projeto realizado para a disciplina Narrativas Inovadoras com Dados na Comunicação Digital - em colaboração com os cursos de Computação, Design e Jornalismo da UFPE.